Mobilização para encontrar doador de medula para garoto de Itajaí ganha o mundo Reprodução/Facebook

Gabriel com o pai, Junior - Foto: Reprodução/Facebook

A luta do menino Gabriel Coelho, de 13 anos, para sobreviver a uma leucemia, mobilizou Itajaí e está ganhando o mundo. Internado em São Paulo há um mês, desde que a doença agravou, Gabriel fez aumentar quase 20 vezes o número de candidatos a doadores de medula óssea na região e ganhou o apoio de artistas e jogadores de futebol como David Luiz, do Paris Saint-Germain, que têm usado as redes sociais em uma campanha para buscar um doador compatível.

Biel, como é chamado pelos amigos, sempre foi um menino saudável. Gosta de música e toca bateria desde os dois anos. Mas, no fim do ano passado, começou a ficar pálido e pequenas manchas apareceram pelo corpo. Em fevereiro, durante uma crise de vômito e febre, veio o diagnóstico: Gabriel tinha leucemia mieloide aguda e precisava de tratamento urgente.

A bateria e a escola, que estava prestes a começar, ficaram para trás. Gabriel foi levado de Itajaí para o Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, onde começou as sessões de quimioterapia. O tratamento era agressivo, para enfrentar a gravidade da doença, e provocou um acidente vascular cerebral (AVC).

Biel ficou cego e parcialmente paralisado _ já não podia mais caminhar e fala com dificuldade. Ainda assim, a doença parecia estar respondendo bem à quimioterapia. Tanto, que os médicos o liberaram para passar o aniversário, no dia 10 de julho, com a família em Itajaí. Na semana seguinte começaria a última sessão do tratamento.

Dessa vez, porém, a medula não reagiu. Uma nova bateria de exames revelou que a doença havia voltado, e com força: Gabriel, agora, precisa de um transplante.

Corrida contra o tempo

Os pais decidiram transferi-lo para o hospital do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAAC), em São Paulo. Descobriu-se que o tipo de leucemia de Biel é raro em crianças e é de difícil tratamento.

Pai e mãe foram submetidos a exames de compatibilidade, mas nenhum deles é o doador ideal. Esta semana, então, Gabriel entrou oficialmente no cadastro com mais de mil brasileiros que esperam por um doador.

Gabriel, apesar de todas as limitações que a doença impôs, não reclama de nada. No hospital, ouve música e se mostra preocupado com as crianças que estão próximas dele, em tratamento.

Sendo assim um exemplo de superação!!

FONTE: Clic/RBS